¿A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Outras Fraudes de Cuiabá, e a Polícia Penal, em apoio à Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, deflagraram, na manhã desta terça-feira (4.2), a Operação Defensio Agro. O objetivo da força policial é desarticular uma organização criminosa especializada na execução de crimes patrimoniais praticados contra produtores de grãos de soja e milho no Estado sul-mato-grossense.
Na operação, são cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em alvos localizados em celas de presídios e também em residências nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande e Santo Antônio do Leverger.
A investigação conduzida pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio do Setor de Investigações Gerais (SIG) de Dourados, iniciou em janeiro de 2024, quando produtores rurais da região foram vítimas de um golpe sofisticado aplicado por uma quadrilha que os induzia à compra de grãos se passando por outros produtores da região.
O grupo criminoso operava com alto grau de organização, detendo informações estratégicas sobre cada produtor, armazéns, corretores e das dinâmicas de comercialização dos grãos de soja e milho, criando um enredo convincente que resultava no prejuízo imediato para as vítimas.
Ao longo do ano de 2024, as fraudes aplicadas pela organização criminosa resultaram em um prejuízo superior a R$ 500 mil aos produtores rurais.
Com o avanço das investigações, a Polícia Civil identificou o núcleo central da quadrilha, que operava a partir de presídios em Cuiabá, bem como integrantes responsáveis pelo setor financeiro do esquema, que atuavam em liberdade para viabilizar a movimentação dos valores obtidos ilicitamente.
A Secretaria de Estado de Justiça (Sejus MT) realizou, nesta terça-feira (11.7), uma grande operação de revista em 33 unidades prisionais de Mato Grosso, em que foram apreendidos celulares, carregadores, armas artesanais e drogas.
A ação ocorreu simultaneamente em todas as unidades e mobilizou todo o efetivo da Polícia Penal. Ao todo, foram apreendidos 39 aparelhos celulares, 278 porções de drogas, 15 armas artesanais, 23 carregadores tradicionais e um portátil, 15 chips telefônicos, 11 fones de ouvido, 18 litros de bebidas artesanais e uma balança de precisão.
Das 33 unidades em que as revistas foram realizadas, em 20 não foi encontrado nenhum material ilícito, o que mostra o resultado das ações da Polícia Penal nas unidades prisionais desde o início do programa Tolerância Zero às Facções Criminosas.
“O trabalho da Polícia Penal contra as facções criminosas tem sido constante e assim continuará. Um celular na mão de um preso é uma arma e pode custar muitas vidas. Então, seguiremos combatendo a entrada de equipamentos eletrônicos nas unidades prisionais por todos os meios possíveis, até chegarmos ao dia em que faremos uma operação e nenhum celular será encontrado”, afirmou o secretário de Justiça, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira.
As duas unidades com o maior número de celulares apreendidos nesta terça-feira (11) foram a Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, e a Penitenciária Major PM Eldo de Sá Correia, a “Mata Grande”, em Rondonópolis (220 km de Cuiabá).
Na PCE foi descoberto um novo modo de esconderijo para aparelhos celulares criado pelos reeducandos: nos pratos que os são fornecidos para a alimentação.
Foram localizados e apreendidos na unidade 21 aparelhos celulares, duas carcaças de celulares, 60 porções de drogas, oito fontes de carregadores, 12 cabos USB, dois fones de ouvido, uma balança de precisão e um carregador portátil.
Já na “Mata Grande”, onde a operação contou com a participação da cadela farejadora K9 Glock, foram encontradas 11 porções de drogas, nove celulares, sete fontes e 10 cabos de carregadores, sete chips telefônicos e sete fones de ouvido.
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